Quem paga a conta da saudade?, de Carla de Paiva
Troco o disco da vitrola mais uma vez, antes das dez. Ney assombra os assombros do meu silêncio (do nosso
Troco o disco da vitrola mais uma vez, antes das dez. Ney assombra os assombros do meu silêncio (do nosso
úmido um homem sériose perguntasobre o cavalo de troiae o desejo da guerra estar com todosos seus paresmuniciadose vestidospartir de
Pi, pi, pi, agora é este som que me embala o dia todo. No começo me atordoava, pi, pi, pi,
Antropocentro Fingindo ser altruístaele criou uma máquinapara engaiolar a luaalimentá-la com estrelasmoídas. A luaalimentadapresaesquece-se das marés. O homem é a
Sexta-feira. Vou me arrastando com as demandas do trabalho no modo “darei meu mínimo e esse será meu máximo”, tento
Algumas palavras soltas a fazer sentido. A frase toda incompleta de significado. Na fala entendia quase tudo. A escrita era
A palavra que saiu da boca do professor foi: defesa!Todos ouviram de-fe-sa. Menos eles. Era dia de apresentação das redações.
O carrilhão Eu via como meu avô estava mudando,passando de um estágioa outro,perdendo velhas habilidadescom seu par de olhosamarelose a
Lua A lua em seu lugar exatoanalisando meu silêncio.Mas tenho a perspicácia de um gatoe não revelo meu incêndio. A
A vida de Márcia não era triste. Ela não se sentia exatamente feliz nos últimos sete anos, mas nada que