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Melancolia

“Estou morrendo, deixa-me viver meu luto.”
E, em teoria, é exatamente isso.
Estamos morrendo, de fato, e vamos vivendo nosso luto.
Por isso, às vezes, nos vemos tão melancólicos diante da vida.


Incomparável

Sou uma mulher que não se resume ao seu tamanho,
eu transbordo para muito além do que sou.

Sou tudo aquilo que as más línguas desconhecem
a meu respeito, por não estar no mesmo nível
medíocre que elas possuem.

Nenhuma rasteira chega aos meus pés,
pois não piso no mesmo solo onde rastejam
aqueles que desejam o meu fim!


O que escrevo sobre nós não são apenas junções de palavras bonitas.
São combinações de sentimentos e memórias que escorrem desde o meu
coração até as pontas dos meus dedos.


Busco respostas no reflexo dos meus olhos
estampados em uma poça de emoções mal digeridas.

Porém, desvio, sem hesitar, com receio
do que irá mirar de volta para o âmago do meu ser.

Seriam mãos inocentes banhadas de compaixão,
prestes a me salvar?

Ou seriam dedos que, um dia, de tanto que
apontaram para mim, perfuraram o olhar
sereno que eu costumava ter ao me admirar?


Os pés que beiram o precipício bambeiam
nas linhas do próprio delírio.
O sonho rasteja para fora do corpo e puxa
de volta a alma do poeta morto.

Juliana Cardoso, é escritora, Designer Gráfico e futura copywriter, e em breve lançará seu primeiro livro que se chama “Desbravando Multidões”. Já participou de antologias, coletânea, revista digital e concursos literários.

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